sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
BARREIRO - ALBURRICA - 3 EM 1
sábado, 6 de novembro de 2010
COINA - Capela da Nossa Senhora dos Remédios
Situada no limite urbano da Vila de Coina, a actual Igreja é, muito provavelmente, o resultado de transformações na velha Ermida de S. Sebastião, existente naquele local em 1553.
Em 1731 era denominada Ermida de Nossa Senhora dos Remédios e encontrava-se na posse dos proprietários da Quinta de S. Vicente ou Quinta do Manique. Após o terramoto que devastou Lisboa em 1755 ficou parcialmente arruinada, e assim permaneceu por largo tempo.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Travessa de Padre Abílio Mendes
quarta-feira, 2 de junho de 2010
ALHOS VEDROS - MOINHO DE MARÉ
Moinho de Maré do Cais de Alhos Vedros
O moinho de maré do cais de Alhos Vedros, integrado no Palácio dos Condes de São Payo, foi propriedade da família Tristão Mendonça Furtado, os fidalgos da "Casa da Cova". Este moinho de maré integrava-se no complexo industrial moageiro da margem sul, e laborou até 1940.
Foi construído no início do século XVII. Foi adquirido pela Câmara Municipal da Moita em 1986, visando o seu aproveitamento museológico.
sábado, 1 de maio de 2010
BARREIRO - AV. ALFREDO DA SILVA, nº. 37
Recordamo-nos desta avenida desde os tempos em que se denominava Avenida da Bélgica. Aí por 1947, nós, com 10 anos de idade, que morávamos por traz do campo do Luso íamos, a pé, para o então Colégio do Seixas (do inesquecível Ti Zé Careca). E sozinhos como era usual! Atravessávamos a, então, Avenida da Bélgica que nesses tempos fervilhava de vida e movimento. Nessa época toda a gente andava a pé e havia a CUF e a CP que tinham muitos trabalhadores que laboravam por turnos e folgavam, muitas vezes, nos dias de semana. Na CUF havia secções com 24 horas de actividade, com 3 turnos. Na CP havia os maquinistas, fogueiros, revisores, etc., etc., que também muitas vezes estavam de folga nos dias de semana. O pessoal dos barcos, idem, idem, aspas, aspas. A maioria das mulheres eram domésticas e preparavam as refeições para os maridos e filhos. Daí que o mercado 1º. de Maio se enchia diariamente, ou com compradores ou com “mirones”. Portanto, era natural ver-se muita gente nessa avenida. Minha mãe ia 2 a 3 vezes por semana ao mercado. Como disse acima vinha de traz do campo do Luso. E eu, gaiato, ia ajudá-la a trazer o carrego das compras.
Entre os 2 mercado (produtos hortícolas e peixe) e ao redor do mercado juntava-se um sem número de vendedores ambulantes e os chamados propagandistas da “banha da cobra”. Ao seu redor juntava-se o povoléu ora para ver ora para comprar.
Lembro-me que um dia apareceu um sujeito com uma banquinha a vender uma solda milagrosa. Naqueles tempos usavam-se panelas e tachos de esmalte que com o tempo iam furando. Eram os “amola tesouras” que as arranjavam. Mas o tipo pegava na barrinha de solda por uma ponta, colocava a outra ponta ao lume, esfregava no tacho e os buracos desapareciam como que por milagre. Estava resolvido o problema e minha mãe vá de comprar duas barrinhas. Chegada a casa foi de imediato experimentar a solda. Muniu-se do tacho furado, colocou a barra sobre o lume e nada. Esfregava no esmalte e niqueles. Experimentou dobrar a barra e eis que esta se quebra em duas. Aquilo parecia uma barra de plástico ou substância semelhante pintada de prateado. Mais uma que caíra no conto do vigário.
Lembramo-nos que a Av. da Bélgica tinha passeios estreitos de ambos os lados, 2 faixas de rodagem e uma placa central com árvores. O piso para carros era empedrado. E maravilha das maravilhas, nunca se viam carros estacionados na placa central. Bons tempos! Não era por as pessoas serem mais respeitadoras mas é que não havia automóveis.
Procurámos na net referências sobre a Av. da Bélgica. Gostávamos de colocar aqui uma foto desse tempo. Mas não encontrámos nada. Apenas algumas fugazes referências que a seguir citamos e a que a foto acima, a preto e branco, se refere.
“Artur Resende - Nascido também em Ovar, efectuou um percurso semelhante ao irmão vindo trabalhar para junto dele no início da década de 1920, tendo rapidamente ganho o gosto pela fotografia.
É neste período que a casa fotográfica passa a funcionar em conjunto com os dois irmãos Rezende, passando a assinarem os seus trabalhos com «Photografia Resendes».
Em 1925 os trabalhos de Artur Resende mereciam uma menção honrosa na Exposição Nacional de Fotografia, realizada nos Armazéns Grandella.
Em 1928 Artur Resende construía e inaugurava o seu novo estúdio fotográfico na nova artéria do Barreiro, a avenida da Bélgica, em resultado de uma troca efectuada com a Câmara Municipal do Barreiro para a abertura da mesma avenida em 1922.”
Também colhemos a informação de que a 4º. Sede do Luso Futebol Clube se localizava na Av. Da Bélgica nº. 16
E é tudo.
sábado, 3 de abril de 2010
BARREIRO - CORETO DO JARDIM DOS FRANCESES
CORETOS
Os Coretos são imóveis de reconhecido interesse cultural, geralmente associados às Colectividades e simbolizam espaços de festa e recreio popular, sobretudo porque era no seu interior que tocavam as Bandas Filarmónicas. Actualmente existem dois no concelho.
Coreto do Jardim dos Franceses
- Foi inaugurado pela Banda Filarmónica dos «Franceses», numa época em que existiam 5 filarmónicas no Barreiro. Construído pela Câmara Municipal em 1922, com aproveitamento das colunas de antigos candeeiros de iluminação pública.
Trata-se de uma estrutura em ferro, assente em base de alvenaria de forma octogonal. Cobertura de tipo piramidal, acompanha a forma da base, e é composta por folhas metálicas sobrepostas, que lhe conferem um efeito decorativo, terminando numa aplicação em platibanda, de forma denticulada. O topo é coroado por um elemento em ferraria, com a forma de uma lira estilizada.
A decoração da base é muito singela: almofadas em relevo e rodapé da mesma cor. Num dos panos abre-se uma escadaria em leque que dá acesso ao palco. Este é decorado a toda a volta, por varandim gradeamento de ferro de forma rendilhada.
O Jardim Público onde o Coreto está implantado, foi construído na mesma época do Coreto e ampliado entre 1930/34 (após o levantamento do antigo Cemitério do Largo Luís de Camões em 1927, situado nos terrenos anexos à extinta Igreja de S. Francisco).
sexta-feira, 5 de março de 2010
MOINHO DE MARÉ DO BRAAMCAMP "Carregue nas imagens para ampliar"
É actualmente propriedade da Sociedade Nacional de Cortiças. Conserva ainda a antiga casa solarenga (século XIX), instalações agrícolas e um moinho de maré.
Por morte, em 1828, de Geraldo Venceslau Braamcamp, 1º. Barão do Sobral, esta quinta coube a seu filho Anselmo José Braamcamp, nascido em 1792.
Edificado no sec. XVIII nos terrenos da Quinta do Braamcamp, Bico do Mexilhoeiro, possuía 10 pares de mós. A partir de 1897 instalou-se no edifício a Sociedade Nacional de Cortiças.
Tinha 10 moendas, o maior de toda a bacia do Tejo. Em 1865 dispunha de fornos de cozer pão.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
CONVENTO DA MADRE DE DEUS DA VERDERENA
Convento da Madre de Deus da Verderena
Convento de estilo Arrábido fundado por D. Francisca de Azambuja em 1591 e reedificado em 1707 por D. António de La Concha. Em 1843 sofreu alterações para habitação. Em 1996 foi restaurado pela Câmara Municipal do Barreiro, instalando-se no seu interior um Pólo da Biblioteca Pública e o Sector do Património Histórico-Cultural da Câmara Municipal do Barreiro.
Um pouco de história (do livro Barreiro Antigo e Moderno de Armando da Silva Pais):
Localizado na Verderena Grande foi este o 2º. Convento que os frades Franciscanos de Santas Maria da Arrábida fundaram na periferia do concelho do Barreiro. O 1º. Convento da mesma ordem religiosa, já destruído, foi o de Nª. Senhora dos Prazeres, em Palhais.
D. Francisca de Azambuja, grande proprietária, viúva e sem filhos, manifestou o desejo de ser ela a mandar construir o convento da Verderena, tendo a 1ª. Pedra sido lançada a 18/12/1591, dia em que a igreja comemora a Expectação do parto de Nossa Senhora, pelo que foi denominado Convento da Madre de Deus.
O antigo convento foi destruído, com excepção da pequena igreja, e levantado novo edifício em 1707. É este edifício que, no aspecto geral exterior, chegou aos nossos dias, de traça modesta e sem qualquer particularidade de valor artístico.
Em 1804, Frei Nicolau de Oliveira, no seu “Livro das Grandezas de Lisboa”, citando a Verderena, diz: “Aqui há um Mosteiro de Capuchos Franciscanos, no qual estão doze Religiosos”.
Na frontaria da capela deste convento está colocada uma lápide que pertenceu ao convento dos frades arrábicos de Palhais, a qual nela indicava o sítio da cela onde viveu S. Pedro de Alcântara, seu 1º. Guardião. Alguém de lá a retirou, colocando-a no da Verderena a que não podia, de maneira alguma, pertencer, pois quando este convento se fundou, já não era do número dos vivos o respeitável religioso espanhol.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
BARREIRO - Rua Almirante Reis, nº. 155
Rua Almirante Reis, nº. 155
Este edifício que foi, entretanto, reabilitado, como se pode ver numa das fotografias (na 2ª.) aqui expostas, era de certo modo bastante “folclórico” nomeadamente pelas plantas e flores que envolviama casa.
Lemos algures, mas sem grande base de sustentação, que Álvaro Velho poderia ter aqui vivido. Se, como dizem nasceu e viveu no Barreiro, nalguma das suas casas deveria ter residido. Há também quem sustente que Álvaro Velho, na verdade, não nasceu nesta cidade. Aqui fica a referência para que alguém com mais conhecimentos do que eu sobre esta questão possa dar o seu contributo.
Verdade, verdade é que nesta casa funcionou, alguns anos atrás, um bar pertencente a Mariete Pessanha e/ ou ao seu marido o Mário (Locas). Só isso justificará a existência dum aparelho de ar condicionado que foi, entretanto retirado mas do qual ainda se vêm os fios e a base que o sustentava.
Pela “beleza” que em tempos esta casa teve, decidimos perpetuá-la, pintando-a.
Aqui fica pois para memória futura.
Seguem-se 3 referências a Álvaro Velho respigadas algures na net:
Álvaro Velho - Pela forma com Álvaro Velho é tratado, de que são exemplo as passagens destas duas cartas, conclui-se que seria personagem da estima do soberano. O ser natural do Barreiro, não podemos neste momento afirmar que o não fosse, mas o facto de ser grande proprietário em Évora, Alentejo, região de onde (provavelmente) era natural Vasco da Gama, e com ele ter embarcado para a Índia, suscita-nos dúvidas quanto ao ter nascido no Barreiro, terra, aliás, onde até hoje não foi encontrada referência à sua passagem e muito menos documentos de propriedades suas. (via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)