sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

BARREIRO - ALBURRICA - 3 EM 1

ACRÍLICO SOBRE TELA 50 X 40 cm
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Moinho de maré do Cabo
Data de construção: Século XV
Local: Alburrica, Barreiro
Características: quatro casais de mós

Moinho de maré Grande
Data de construção: Século XVII
Local: Alburrica
Características: Sete pares de mós. Propriedade particular.

Moinho de maré Pequeno
Data de construção: Século XVIII
Local: Acesso pelo Largo do Moinho Pequeno, Barreiro
Características: Três pares de mós, encontra-se em ruínas

Achámos este enquadramento bastante interessante.
Ele capta os 3 moinhos de maré existentes em Alburrica.
Pena é que todos eles estejam em perfeito estado de degradação. Pelo menos o Moinho Pequeno, em 25 de Abril, ainda estava em condições de nele se instalar um museu que pudesse perpetuar no tempo uma das principais actividade desta terra.
O 25 de Abril foi há mais de 30 anos e todo este tempo não foi suficiente para que alguém, responsável nesta terra, pudesse iniciar os trabalhos para a sua conservação.

sábado, 6 de novembro de 2010

COINA - Capela da Nossa Senhora dos Remédios

ACRÍLICO SOBRE TELA 50 cm x 40 cm
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Esboço

Foto

COINA - CAPELA NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS

Situada no limite urbano da Vila de Coina, a actual Igreja é, muito provavelmente, o resultado de transformações na velha Ermida de S. Sebastião, existente naquele local em 1553.

Em 1731 era denominada Ermida de Nossa Senhora dos Remédios e encontrava-se na posse dos proprietários da Quinta de S. Vicente ou Quinta do Manique. Após o terramoto que devastou Lisboa em 1755 ficou parcialmente arruinada, e assim permaneceu por largo tempo.

No final do século XIX a Quinta foi adquirida por Manuel Martins Gomes Júnior, conhecido como “Rei do Lixo”, figura bastante polémica na sua época, pelas suas actividades comerciais (aquisição dos lixos da cidade de Lisboa e sua transformação em guano) e pelas suas convicções políticas de fervoroso republicano e anti-clerical.

A Ermida viria apenas a ser restaurada em 1939 por familiares do proprietário da Quinta, que já então se conciliara com a Igreja. Foi alvo de várias reparações e ampliações, a última das quais em 1996.

Actualmente a Igreja serve de paroquia da freguesia. Apresenta uma arquitectura de características pombalinas, sóbrias e austeras. O seu Alpendre de colunata arquitravada e o torreão adossado a um edifício de habitação, são os elementos mais marcantes.

Interiormente foi muito adulterada, pouco restando da planta original.


segunda-feira, 5 de julho de 2010

Travessa de Padre Abílio Mendes


QUADRO 24 cm x 30 cm
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FOTO

Travessa de Padre Abílio Mendes fica junto à igreja de Sta. Cruz e foi em tempos, antes do encerramento das fábricas da CUF, uma zona bastante habitada até porque ficava relativamente perto dos portões da CUF e como as casas eram antigas e tinham rendas relativamente acessíveis era por essa razão muito povoada.
Hoje apenas resta a memória, pois como todo o Barreiro antigo está perfeitamente ao abandono.
As casas estão entaipadas, a cair, em perfeita ruina. A maioria já de impossível recuperação só lhe resta a demolição. Aliás a zona é por demais problemática dadas as suas ruas e ruelas estreitas, sem possibilidade de circulação automóvel e naturalmente de estacionamento que, se fosse permitido iria descaracterizar a zona.
Aí pelos anos 80 e quando ainda havia muitos moradores na zona ouvimos, quando exercíamos funções autárquicas, o executivo da Câmara do Barreiro apresentar arrojados planos de recuperação do Barreiro velho.
Passaram-se 30 anos e nada, mas absolutamente nada, foi feito.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

ALHOS VEDROS - MOINHO DE MARÉ

ACRÍLICO SOBRE TELA 50cm x 40 cm
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Moinho de Maré do Cais de Alhos Vedros
Acrílico sobre tela 50 x 40 cm
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Foto


Foto

Moinho de Maré do Cais de Alhos Vedros

O moinho de maré do cais de Alhos Vedros, integrado no Palácio dos Condes de São Payo, foi propriedade da família Tristão Mendonça Furtado, os fidalgos da "Casa da Cova". Este moinho de maré integrava-se no complexo industrial moageiro da margem sul, e laborou até 1940.
Foi construído no início do século XVII. Foi adquirido pela Câmara Municipal da Moita em 1986, visando o seu aproveitamento museológico.

sábado, 1 de maio de 2010

BARREIRO - AV. ALFREDO DA SILVA, nº. 37

ACRÍLICO SOBRE TELA 50cm x 40cm
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Foto 1

Foto 2

Estúdio de Artur Resende na av da Bélgica-demolido em 1962

Recordamo-nos desta avenida desde os tempos em que se denominava Avenida da Bélgica. Aí por 1947, nós, com 10 anos de idade, que morávamos por traz do campo do Luso íamos, a pé, para o então Colégio do Seixas (do inesquecível Ti Zé Careca). E sozinhos como era usual! Atravessávamos a, então, Avenida da Bélgica que nesses tempos fervilhava de vida e movimento. Nessa época toda a gente andava a pé e havia a CUF e a CP que tinham muitos trabalhadores que laboravam por turnos e folgavam, muitas vezes, nos dias de semana. Na CUF havia secções com 24 horas de actividade, com 3 turnos. Na CP havia os maquinistas, fogueiros, revisores, etc., etc., que também muitas vezes estavam de folga nos dias de semana. O pessoal dos barcos, idem, idem, aspas, aspas. A maioria das mulheres eram domésticas e preparavam as refeições para os maridos e filhos. Daí que o mercado 1º. de Maio se enchia diariamente, ou com compradores ou com “mirones”. Portanto, era natural ver-se muita gente nessa avenida. Minha mãe ia 2 a 3 vezes por semana ao mercado. Como disse acima vinha de traz do campo do Luso. E eu, gaiato, ia ajudá-la a trazer o carrego das compras.

Entre os 2 mercado (produtos hortícolas e peixe) e ao redor do mercado juntava-se um sem número de vendedores ambulantes e os chamados propagandistas da “banha da cobra”. Ao seu redor juntava-se o povoléu ora para ver ora para comprar.

Lembro-me que um dia apareceu um sujeito com uma banquinha a vender uma solda milagrosa. Naqueles tempos usavam-se panelas e tachos de esmalte que com o tempo iam furando. Eram os “amola tesouras” que as arranjavam. Mas o tipo pegava na barrinha de solda por uma ponta, colocava a outra ponta ao lume, esfregava no tacho e os buracos desapareciam como que por milagre. Estava resolvido o problema e minha mãe vá de comprar duas barrinhas. Chegada a casa foi de imediato experimentar a solda. Muniu-se do tacho furado, colocou a barra sobre o lume e nada. Esfregava no esmalte e niqueles. Experimentou dobrar a barra e eis que esta se quebra em duas. Aquilo parecia uma barra de plástico ou substância semelhante pintada de prateado. Mais uma que caíra no conto do vigário.

Lembramo-nos que a Av. da Bélgica tinha passeios estreitos de ambos os lados, 2 faixas de rodagem e uma placa central com árvores. O piso para carros era empedrado. E maravilha das maravilhas, nunca se viam carros estacionados na placa central. Bons tempos! Não era por as pessoas serem mais respeitadoras mas é que não havia automóveis.

Procurámos na net referências sobre a Av. da Bélgica. Gostávamos de colocar aqui uma foto desse tempo. Mas não encontrámos nada. Apenas algumas fugazes referências que a seguir citamos e a que a foto acima, a preto e branco, se refere.

“Artur Resende - Nascido também em Ovar, efectuou um percurso semelhante ao irmão vindo trabalhar para junto dele no início da década de 1920, tendo rapidamente ganho o gosto pela fotografia.

É neste período que a casa fotográfica passa a funcionar em conjunto com os dois irmãos Rezende, passando a assinarem os seus trabalhos com «Photografia Resendes».

Em 1925 os trabalhos de Artur Resende mereciam uma menção honrosa na Exposição Nacional de Fotografia, realizada nos Armazéns Grandella.

Em 1928 Artur Resende construía e inaugurava o seu novo estúdio fotográfico na nova artéria do Barreiro, a avenida da Bélgica, em resultado de uma troca efectuada com a Câmara Municipal do Barreiro para a abertura da mesma avenida em 1922.”

Também colhemos a informação de que a 4º. Sede do Luso Futebol Clube se localizava na Av. Da Bélgica nº. 16

E é tudo.

sábado, 3 de abril de 2010

BARREIRO - CORETO DO JARDIM DOS FRANCESES


Coreto Jardim dos Franceses
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Acrílico sobre tela 40 cm x 30 cm



Foto 1

A foto acima mostra a inscrição existente no coreto e mostra a data da sua conclusão.


Foto 2


CORETOS

Os Coretos são imóveis de reconhecido interesse cultural, geralmente associados às Colectividades e simbolizam espaços de festa e recreio popular, sobretudo porque era no seu interior que tocavam as Bandas Filarmónicas. Actualmente existem dois no concelho.

Coreto do Jardim dos Franceses
- Foi inaugurado pela Banda Filarmónica dos «Franceses», numa época em que existiam 5 filarmónicas no Barreiro. Construído pela Câmara Municipal em 1922, com aproveitamento das colunas de antigos candeeiros de iluminação pública.
Trata-se de uma estrutura em ferro, assente em base de alvenaria de forma octogonal. Cobertura de tipo piramidal, acompanha a forma da base, e é composta por folhas metálicas sobrepostas, que lhe conferem um efeito decorativo, terminando numa aplicação em platibanda, de forma denticulada. O topo é coroado por um elemento em ferraria, com a forma de uma lira estilizada.
A decoração da base é muito singela: almofadas em relevo e rodapé da mesma cor. Num dos panos abre-se uma escadaria em leque que dá acesso ao palco. Este é decorado a toda a volta, por varandim gradeamento de ferro de forma rendilhada.
O Jardim Público onde o Coreto está implantado, foi construído na mesma época do Coreto e ampliado entre 1930/34 (após o levantamento do antigo Cemitério do Largo Luís de Camões em 1927, situado nos terrenos anexos à extinta Igreja de S. Francisco).

sexta-feira, 5 de março de 2010

MOINHO DE MARÉ DO BRAAMCAMP "Carregue nas imagens para ampliar"

Acrílico sobre tela 50 cm x 40 cm

Foto

Foto
Quinta Braamcamp - Único complexo rural em plena cidade do Barreiro, cuja actividade cessou há algum tempo. Era composto inicialmente por casa de habitação, armazéns, moinho de vento e de maré e terras de cultivo.

É actualmente propriedade da Sociedade Nacional de Cortiças. Conserva ainda a antiga casa solarenga (século XIX), instalações agrícolas e um moinho de maré.

De “O Barreiro Antigo e Moderno”: - A Quinta do Braamcamp – Esta propriedade, situada no Mexilhoeiro, foi uma das melhores e mais bem cuidadas do Barreiro. O seu primeiro dono consolidou uma grande área do terreno ocupado pela parte urbana, que as águas do Tejo alagavam, com forte estacaria, ali enterrada por processo igual ao que após o terramoto de 1755, se fez na parte baixa de Lisboa.

Por morte, em 1828, de Geraldo Venceslau Braamcamp, 1º. Barão do Sobral, esta quinta coube a seu filho Anselmo José Braamcamp, nascido em 1792.

MOINHO DE MARÉ DO BRAAMCAMP

Edificado no sec. XVIII nos terrenos da Quinta do Braamcamp, Bico do Mexilhoeiro, possuía 10 pares de mós. A partir de 1897 instalou-se no edifício a Sociedade Nacional de Cortiças.

De “Um Olhar sobre o Barreiro”: Moinho do Braamcamp, Ponta de Alburrica, lado norte.

Tinha 10 moendas, o maior de toda a bacia do Tejo. Em 1865 dispunha de fornos de cozer pão.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

CONVENTO DA MADRE DE DEUS DA VERDERENA

Acrílico sobre tela 50 cm x 40 cm


Xilogravura do meu saudoso amigo Manuel Cabanas

Foto

Convento da Madre de Deus da Verderena

Convento de estilo Arrábido fundado por D. Francisca de Azambuja em 1591 e reedificado em 1707 por D. António de La Concha. Em 1843 sofreu alterações para habitação. Em 1996 foi restaurado pela Câmara Municipal do Barreiro, instalando-se no seu interior um Pólo da Biblioteca Pública e o Sector do Património Histórico-Cultural da Câmara Municipal do Barreiro.

Um pouco de história (do livro Barreiro Antigo e Moderno de Armando da Silva Pais):

Localizado na Verderena Grande foi este o 2º. Convento que os frades Franciscanos de Santas Maria da Arrábida fundaram na periferia do concelho do Barreiro. O 1º. Convento da mesma ordem religiosa, já destruído, foi o de Nª. Senhora dos Prazeres, em Palhais.

D. Francisca de Azambuja, grande proprietária, viúva e sem filhos, manifestou o desejo de ser ela a mandar construir o convento da Verderena, tendo a 1ª. Pedra sido lançada a 18/12/1591, dia em que a igreja comemora a Expectação do parto de Nossa Senhora, pelo que foi denominado Convento da Madre de Deus.

O antigo convento foi destruído, com excepção da pequena igreja, e levantado novo edifício em 1707. É este edifício que, no aspecto geral exterior, chegou aos nossos dias, de traça modesta e sem qualquer particularidade de valor artístico.

Em 1804, Frei Nicolau de Oliveira, no seu “Livro das Grandezas de Lisboa”, citando a Verderena, diz: “Aqui há um Mosteiro de Capuchos Franciscanos, no qual estão doze Religiosos”.

Na frontaria da capela deste convento está colocada uma lápide que pertenceu ao convento dos frades arrábicos de Palhais, a qual nela indicava o sítio da cela onde viveu S. Pedro de Alcântara, seu 1º. Guardião. Alguém de lá a retirou, colocando-a no da Verderena a que não podia, de maneira alguma, pertencer, pois quando este convento se fundou, já não era do número dos vivos o respeitável religioso espanhol.


quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

BARREIRO - Rua Almirante Reis, nº. 155

QUADRO Acrílico sobre tela 40 cm x 30 cm

Foto

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Rua Almirante Reis, nº. 155

Este edifício que foi, entretanto, reabilitado, como se pode ver numa das fotografias (na 2ª.) aqui expostas, era de certo modo bastante “folclórico” nomeadamente pelas plantas e flores que envolviama casa.

Lemos algures, mas sem grande base de sustentação, que Álvaro Velho poderia ter aqui vivido. Se, como dizem nasceu e viveu no Barreiro, nalguma das suas casas deveria ter residido. Há também quem sustente que Álvaro Velho, na verdade, não nasceu nesta cidade. Aqui fica a referência para que alguém com mais conhecimentos do que eu sobre esta questão possa dar o seu contributo.

Verdade, verdade é que nesta casa funcionou, alguns anos atrás, um bar pertencente a Mariete Pessanha e/ ou ao seu marido o Mário (Locas). Só isso justificará a existência dum aparelho de ar condicionado que foi, entretanto retirado mas do qual ainda se vêm os fios e a base que o sustentava.

Pela “beleza” que em tempos esta casa teve, decidimos perpetuá-la, pintando-a.

Aqui fica pois para memória futura.

Seguem-se 3 referências a Álvaro Velho respigadas algures na net:

Álvaro Velho - Pela forma com Álvaro Velho é tratado, de que são exemplo as passagens destas duas cartas, conclui-se que seria personagem da estima do soberano. O ser natural do Barreiro, não podemos neste momento afirmar que o não fosse, mas o facto de ser grande proprietário em Évora, Alentejo, região de onde (provavelmente) era natural Vasco da Gama, e com ele ter embarcado para a Índia, suscita-nos dúvidas quanto ao ter nascido no Barreiro, terra, aliás, onde até hoje não foi encontrada referência à sua passagem e muito menos documentos de propriedades suas. (via “História de Portugal – Dicionário de Personalidades” (coordenação de José Hermano Saraiva), edição QuidNovi, 2004)

Escrivão de bordo (séculos XV e XVI). Pouco se conhece da sua vida, mas sabe-se que integrou a expedição de Vasco da Gama, que, partindo de Lisboa a 8 de Julho de 1497, abriu o caminho marítimo para a Índia. É-lhe atribuída a autoria do diário de bordo daquela viagem, texto que foi deixado anónimo e incompleto. Existem também referências a um Álvaro Velho, natural do Barreiro, que permaneceu vários anos na Guiné, no início do século XVI, o que leva a supor que o escrivão tenha iniciado a célebre viagem, desembarcando depois na costa de África. Existe na Biblioteca Municipal do Porto uma cópia manuscrita do diário, oriunda do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra.

GRAMÁTICA POÉTICA - Álvaro Velho (século XV-XVI) terá nascido no Barreiro em data incerta e participou como marinheiro ou soldado na expedição de Vasco da Gama à Índia. Segundo Valentim Fernandes, terá passado oito anos na Guiné (1499-1507). O diário de bordo de Álvaro Velho, Roteiro da Índia, chegou até nós incompleto, desconhecendo-se o manuscrito original. A cópia encontra-se na Biblioteca Pública Municipal do Porto. O Roteiro da Índia, ou Roteiro da Viagem que em Descobrimento da Índia pelo Cabo da Boa Esperança fez D. Vasco da Gama em 1497, foi publicado no Porto em 1838.