Convento da Madre de Deus da Verderena
Convento de estilo Arrábido fundado por D. Francisca de Azambuja em 1591 e reedificado em 1707 por D. António de La Concha. Em 1843 sofreu alterações para habitação. Em 1996 foi restaurado pela Câmara Municipal do Barreiro, instalando-se no seu interior um Pólo da Biblioteca Pública e o Sector do Património Histórico-Cultural da Câmara Municipal do Barreiro.
Um pouco de história (do livro Barreiro Antigo e Moderno de Armando da Silva Pais):
Localizado na Verderena Grande foi este o 2º. Convento que os frades Franciscanos de Santas Maria da Arrábida fundaram na periferia do concelho do Barreiro. O 1º. Convento da mesma ordem religiosa, já destruído, foi o de Nª. Senhora dos Prazeres, em Palhais.
D. Francisca de Azambuja, grande proprietária, viúva e sem filhos, manifestou o desejo de ser ela a mandar construir o convento da Verderena, tendo a 1ª. Pedra sido lançada a 18/12/1591, dia em que a igreja comemora a Expectação do parto de Nossa Senhora, pelo que foi denominado Convento da Madre de Deus.
O antigo convento foi destruído, com excepção da pequena igreja, e levantado novo edifício em 1707. É este edifício que, no aspecto geral exterior, chegou aos nossos dias, de traça modesta e sem qualquer particularidade de valor artístico.
Em 1804, Frei Nicolau de Oliveira, no seu “Livro das Grandezas de Lisboa”, citando a Verderena, diz: “Aqui há um Mosteiro de Capuchos Franciscanos, no qual estão doze Religiosos”.
Na frontaria da capela deste convento está colocada uma lápide que pertenceu ao convento dos frades arrábicos de Palhais, a qual nela indicava o sítio da cela onde viveu S. Pedro de Alcântara, seu 1º. Guardião. Alguém de lá a retirou, colocando-a no da Verderena a que não podia, de maneira alguma, pertencer, pois quando este convento se fundou, já não era do número dos vivos o respeitável religioso espanhol.