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Moinhos de Alburrica
Em Alburrica, no 2º. quartel do Séc. XIX, numa reduzida área de 50 ha, havia 4 moinhos de maré com um total de 28 moendas (pares de mós) a trabalhar simultâneamente por um período de 5 a 6 horas por dia – o moinho “pequeno” com 3 moendas, o moinho “grande” com 7, o moinho do “cabo” com 8 e, finalmente, o moinho do “Braamcamp” com 10 moendas. A estes juntavam-se 3 moinhos de vento – o moinho “Gigante” com 2 moendas e os 2 moinhos mais pequenos com uma máquina cada (in “Um Olhar sobre o Barreiro”)
Moinho Gigante
Dos três moinhos existentes em Alburrica, um deles, o mais alto quase em forma de cone truncado, se não fora a pequena saliência do telhado, é chamado Moinho Gigante, porque os “anões” são os outros dois, de paredes cilindricas. O “Gigante”, que foi reproduzido com as suas velas, pelo famoso pintor paisagista Silva Porto (1850-1893), ostenta ainda por cima da porta da frente, a seguinte inscrição, gravada em pedra: FOI MANDADO EDIFICAR POR JOSÈ PEDRO DA COSTA NO ANO DE 1852. Os 2 moinhos mais pequenos são da mesma data do Gigante. Num deles, também por cima da porta principal, existe um painel de azulejo, com a imagem de Nª. Sª. do Rosário, por baixo da qual se lê a seguinte inscrição: JOSÉ FRANCISCO DA COSTA ANNO DE 1852. (in Barreiro Antigo e Moderno)
Moinho do Cabo
Data dos meados do Século XVIII. Também este moinho pertenceu a um titular, o 11º. Marquês das Minas, D. Alexandre da Silveira e Lorena (1847-1903), oficial da Casa Real, par do Reino e engenheiro civil. Passou depois à posse da família Costa, do Barreiro. Uma parte deste moinho moía trigo e outros cereais, por conta de José Pedro Maria da Costa, industrial de padaria nesta vila; a outra parte trabalhava no descasque de arroz, por conta de Joaquim do Rosário Costa. Esteve em actividade até cerca de 1913. Está actualmente em ruinas. (in Barreiro Antigo e Moderno)
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