Escrevia Armando da Silva Pais, em “O Barreiro Antigo e Moderno” a páginas 145, o seguinte: Três outros moinhos de vento, já desmantelados, mas cujas paredes se conservam a desafiar os estragos do tempo, existem ainda em Alburrica. Perto uns dos outros – já em conjunto, já isolados – têm sido motivo de temas pictóricos.
Um deles, o mais alto, quase em forma de cone truncado, é chamado Moinho Gigante, porque os “anões” são os outros dois, de paredes cilíndricas. O “Gigante”, que foi reproduzido com as suas velas, pelo famoso pintor paisagista Silva Porto (1850-1893), ostenta ainda, por cima da porta da frente, a seguinte inscrição, gravada em pedra: FOI MANDADO EDIFICAR POR JOSÉ PEDRO DA COSTA NO ANO DE 1852.
Os outros dois mais pequenos moinhos de vento de Alburrica são também da mesma data do Gigante. Num deles, também por cima da porta principal, existe ainda bem conservado, um painel de azulejo, com a imagem de Nª: Sª. do Rosário, por baixo da qual se lê a seguinte inscrição: JOSÉ FRANCISCO DA COSTA ANNO DE 1852.
O outro é do mesmo tempo. Ambos pertencem agora, com os terrenos anexos, a mestre Francisco Ferreira, antigo construtor naval, que ali teve um estaleiro.
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