A Capela da Misericórdia, situada na Praça de Santa Cruz, defronte da Igreja Matriz, é de fundação geralmente fixada nos fins do Século XV, ou, com mais precisão, no reinado de D. João II (1481-1495).
O pequeno templo sofreu diversos arranjos ou alterações. Destas, uma das mais importantes terá sido a que lhe introduziram no Século XVII, pelo desvelado auxílio de D. Isabel Pires de Azambuja, sobrinha da fundadora do Convento da Madre de Deus da Verderena, a qual lhe mandou beneficiar a frontaria, fazendo-lhe um portal, com algum valor decorativo.
É esse portal sobrepujado por uma pedra, na qual está esculpida uma enorme concha em relevo, com uma cabeça de anjo, entre duas asas, reproduzida também a cada um dos lados. Por baixo, encontra-se gravada a seguinte inscrição:
IZABEL PIZ DAZÃBVIA FEZ ESTE PORTAL
Num outro documento a que tivemos acesso podemos ler:
É um importante testemunho da assistência aos peregrinos e enfermos, bem como do culto no Barreiro Quinhentista. A Igreja é de planta longitudinal, com dois corpos distintos: capela e sacristia. Terá tido origem a partir de uma Albergaria ali existente em 1492, mas a fundação do actual templo só vem a ser sancionada por D. Sebastião em 1569.
Na capela-mor painéis de azulejos historiados, com elementos relativos à vida de S. João Baptista. Do lado esquerdo do altar a representação do Nascimento de João Baptista e uma cena relacionada com a sua infância. No lado direito, a representação da Visitação e, no painel lateral de menores dimensões, João Baptista, já em idade adulta durante a sua pregação no deserto.
Na cruz que ostenta, a inscrição «ECCE AGNUS DEI» (Este é o cordeiro de Deus).
O altar-mor apresenta um conjunto azulejar do século XX com a representação da Assumpção da Virgem. Foi classificada como Monumento de Interesse Municipal pela CMB em 2003.
Finalmente, acrescentamos mais alguns dados respigados algures na Internet: Em 1955 resolveu-se reconstruir este antigo lugar de culto, para tal o edifício foi reduzido as suas quatro paredes. Seguindo um rigoroso plano de reconstrução e restauro, rebocaram-se as suas paredes, foram-lhe colocados azulejos também eles restaurados. Mais uma vez a CUF não ficou de fora, sendo o tecto, portas e bancos desta renovada capela (madeira bem como a mão-de-obra, trabalho estimado em 200 contos) uma oferta da empresa á Santa Casa da Misericórdia. A reabertura deste local de culto sob a invocação de Santo António, levou á necessidade de adquirir uma imagem do Santo que se crê ser do séc. XVIII e que depois de devidamente restaurada foi oferecida por D. Manuel de Mello a esta capela
4 comentários:
¡Hola de Berlín! Tenemos gusto mucho de su blog. Respetos.
De Álvaro Morgado
Para Benikos
Só agora vim ao blog para o actualizar e deparei com o seu comentário.
Agradeço a sua atenção.
Boa noite,
gostei mesmo muito do seu blogue e prezo o amor que tem pelo Barreiro e a vontade de pintar, que espero que nunca perca porque faz uns belíssimos quadros.
obrigada,
Maria Luísa
De Álvaro Morgado
para Maria Luísa
Obrigado pelo seu amável comentário.
Só agora respondo porque tenho estado ausente.
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