quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

BARREIRO - Antiga ponte Barreiro-Seixal

ACRÍLICO SOBRE TELA
50 x 30 cm
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Foto

Retirado da Wikipédia

Ramal do Seixal

O Ramal do Seixal, originalmente conhecido como Ramal de Cacilhas, é um troço ferroviário desactivado, que ligava as estações do Seixal e do Barreiro, em Portugal.

Este troço foi a única parte concluída do projecto do Ramal de Cacilhas, que planeava a ligação entre o Barreiro e Cacilhas, onde seria construído uma estação intermodal, que servisse os transportes ferroviário e fluvial, de forma semelhante à do Barreiro. Subsistem as estações e partes do leito de via e de uma ponte, no troço entre o Barreiro e o Seixal.

A construção de um troço entre o Barreiro e Cacilhas, foi, inicialmente, estudado em 1890 pelo engenheiro Manuel F. da Costa Serrão. Este troço, denominado Ramal de Cacilhas, foi inserido no Plano da Rede ao Sul do Tejo, apresentado em 15 de Maio de 1899, sendo considerado de elevada importância devido aos elevados tráfego e rendimento previstos, e por permitir uma ligação directa entre Lisboa e a Linha do Sado, que iria abranger a localidade de Setúbal e a zona do Vale do Rio Sado (actualmente, o antigo troço desta linha faz parte da Linha do Sul); a 15 de Julho do mesmo ano, uma lei previu o financiamento para este projecto, e, a 1 de Julho de 1901, é publicada uma portaria que autoriza o conselho de administração da companhia dos Caminhos de Ferro do Estado a iniciar a construção do primeiro lanço do Ramal de Cacilhas, entre a Estação do Barreiro e a margem direita da Ribeira de Coina.

A 1 de Julho de 1923, o troço entre o Seixal e o Barreiro foi considerado pronto a ser inaugurado, após a Administração das Estradas e Turismo ter efectuado uma vistoria. Em 29 de Julho de 1923, este troço foi inaugurado e aberto à exploração pública, com serviços entre o Lavradio e Seixal.

O Decreto-Lei número 48.939, publicado em 27 de Março de 1969, desclassificou o Ramal do Seixal, e o tráfego foi suspenso após a Ponte ferroviária do Seixal, sobre a foz do Rio Coina, ter sido danificada numa colisão com o navio Alger, a 18 de Setembro do mesmo ano.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

BARREIRO "OS LEÇAS”

ACRÍLICO SOBRE TELA
50x40cm
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Foto - Galhardete
Foto - sede de "Os Leças"
Pouco ou nada encontrámos na net com referência a esta colectividade que pudéssemos juntar à pintura que executámos.
Há referência a um site dos Leças mas, na realidade, não o localizámos.
Assim vamos socorrermo-nos de algumas das nossas lembranças da juventude para colocarmos aqui alguns dados que nos transmitam pelo menos uma pálida ideia do que era o clube noutros tempos.

O Grupo Dramático e Recreativo Os Leças tem a sua sede e instalações desportivas e recreativas na Rua do Brasil, 19 - 2830-068 Barreiro.

A colectividade foi fundada em 7-2-1926.

Na nossa juventude recordamos que esta colectividade desenvolvia uma forte actividade política dentro das suas instalações. Por essa razão temos ideia que algumas vezes chegou a ser incomodada pelas forças policiais.

Para além disso dispunha nas traseiras da sua sede dum amplo espaço onde nos fins de semana se realizavam bailaricos bastante concorridos.

Porque a nossa memória dessa época pode falhar vamo-nos socorrer dos livros de Armando da Silva Pais dos quais faremos de seguida uma breve transcrição:

Respigado do “O Barreiro Contemporâneo” II volume de Armando da Silva Pais

GRUPO DRAMÁTICO E RECREATIVO “OS LEÇAS”

Foi esta colectividade de cultura e recreio fundada a 7 de Fevereiro de 1926, numa casa abarracada (ainda existente) da actual Rua do Lavradio, quando esta era então uma simples azinhaga, ladeada por troços de valados... Em 1935, comprou, em boas condições, um lote de terreno, numa transversal, a curta distância da sua sede e, nesse mesmo ano, lançou a 1ª. pedra do edifício onde está hoje instalada desde 1939, na Rua do Brasil, nº. 19. Possui Estatutos aprovados em Assembleia Geral de 27-III-1934 e sancionados pelo Governo Civil de Setúbal, a 24 de Agosto do mesmo ano.

Tendo-se dedicado, mais intensamente, às actividades recreativas, esta colectividade também dispôs de grupos cénicos privativos que, tanto no palco do seu Salão de Festas como em salas de outras colectividades congéneres, se exibiram com agrado. Actualmente (1967) não dispõe de grupo cénico. Além do seu Salão de Festas, possui uma razoável esplanada, utilizada para bailes na época estival... e uma sala de Biblioteca, fundada por José da Silva, com cerca de 350 volumes. Nesta sala encontra-se pendente de uma parede, o retrato da falecida escritora e professora de instrução primária Irene Lisboa (1892-1958), que foi patrona desta Biblioteca.




sexta-feira, 4 de novembro de 2011

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

BARREIRO - O BARCO ÉVORA

BARCO ÉVORA
Acrílico sobre tela 50x40cm
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FOTO

UM POUCO DE HISTÓRIA DO BARCO ÉVORA

O “ÉVORA” é um histórico navio construído nos estaleiros de KIEL (GermaniaWerft) pela empresa alemã Krupp em 1931, com chapas recicladas dos tanques da I Grande Guerra Mundial.

É um navio de arquitetura romântica, foi comprado pela CP no mesmo ano da sua construção, para assegurar a travessia do Terreiro do Paço–Barreiro.

Características técnicas:

Comprimento 36,53m Boca 8,04m
Pontal 2,88m Calado médio 1,80m
Arqueação bruta 282Ton
Passageiros 240

O “ÉVORA” é um navio com ALMA, ainda hoje se nota o olhar carinhoso dos seus antigos passageiros. Reparamos na nostalgia com que o observam.

O “ÉVORA” foi remodelado e redecorado em 2004, ele atravessou diferentes épocas para lhe proporcionar agradáveis momentos na Baía de Setúbal.

Também nós que começámos a utilizá-lo regularmente em 1952 até à sua retirada do serviço temos imensas saudades dele embora os atuais barcos sejam sem dúvida mais rápidos e mais confortáveis. Mas, os tempos eram outros e só havia nessa altura 3 barcos: o Évora, o Alentejo e o Trás-os-Montes. Estes 2 últimos ainda eram a carvão. E quem viajava nestes 2 barcos na parte superior com camisinha branca, sujeitava-se a apanhar com os resíduos do carvão que saíam pela chaminé e era capaz de chegar ao final da viagem com uma camisa mais preta do que branca.



sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Barreiro-Escola Básica nº. 4- Verderena

ACRÍLICO SOBRE TELA 50x40 cm
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Foto nº. 1

Foto nº. 2

Dos 4 anos letivos em que frequentei esta escola (1943/47), tenho ainda na memória algumas recordações.

Entrei na escola com 6 anos de idade.
Tive como professores, que me lembre, os srs. Raposo, Ribeiro e Rosado.
Entre a atual Rua Professor Joaquim Vicente França (onde está localizada a escola), a Rua 20 de Abril, a rua onde estão as instalações da Bonfim e o rio não havia qualquer casa edificada. Era um amplo descampado.
Junto ao rio e ao longo do mesmo existiam umas marinhas de água doce. Tinham inúmeros fundões e vegetação muito escorregadia. Muitas vezes, no verão, quando saíamos da escola era aí que nos banhávamos. Tirávamos a roupa e em pelota entrávamos na água.
De vez em quando escorregávamos por ali abaixo mas, felizmente, nunca aconteceu qualquer acidente. Às vezes éramos surpreendidos pela patrulha da GNR e aí vá de pegar na roupa e nos sapatos e fugir a sete pés.
A contínua da escola era uma senhora já bastante velhota a D. Eufémia que tinha muitas dificuldades em manter na ordem aquela maralha.
Bons tempos! Ah! Um outro bom companheiro foi o António (já falecido) filho do Joaquim da “Velha”. Tinha um enorme corpanzil, quase o corpo dum adulto. Muitas vezes, à saída corríamos todos atrás do António que se refugiava numa pequena elevação de terreno e era ver todo o pessoal a atirar torrões de areia ao António que com dificuldade ia aguentando aquela metralha acabando por fugir na direção de casa ali na Rua Miguel Bombarda onde hoje se encontra o prédio da Tremoceira. E nós corríamos atrás dele. Nunca se zangava connosco.



sexta-feira, 5 de agosto de 2011

ROTUNDA DAS MÁQUINAS DA CP - BARREIRO

ACRÍLICO SOBRE TELA 50x40cm
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Foto nº. 1
Foto nº. 2

Foto 2 - Vista do depósito de locomotivas e da rotunda. Os trabalhadores ferroviários portugueses deram a alcunha de "redonda" às rotundas de locomotivas.

A ROTUNDA DAS MÁQUINAS

A Rotunda das Máquinas foi construída no Barreiro na década de trinta. Equipamento característico e simbólico, com o seu «charriot» que já serviu a máquina a vapor e depois as máquinas diesel, e as suas cocheiras.

Seria do maior interesse dotar a velha rotunda com locomotivas em estado de marcha, para num futuro breve organizarem-se viagens históricas nas linhas a Sul e Sueste. Tendo em conta que o Barreiro foi sempre considerado como a “Catedral do Diesel” pelos ferroviários, devem ser recuperadas as unidades térmicas restantes, que embora históricas, apenas têm como futuro certo, a venda a sucateiros.


sábado, 2 de julho de 2011

BARREIRO - Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste

ACRÍLICO SOBRE TELA 50x40 cm
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FOTO

BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DO SUL E SUESTE

Com a inauguração da primeira linha ferroviária do sul do Tejo, no final do século XIX, o Barreiro tornou-se uma localização ideal para diversas indústrias.

Foi então que houve necessidade de criar um organismo dotado de meios para intervir em caso de incêndio.
O Eng. Luís de Albuquerque d’Orey, Chefe do serviço de tracção e Oficinas dos Caminhos de Ferro, influenciou a administração da empresa a apoiar a criação de um corpo de bombeiros no Barreiro.
Em 23 de Julho de 1894, foi fundada a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários dos Caminhos de Ferro do Sul e Sueste, em instalações cedidas provisoriamente pela C.P.
Os estatutos oficiais viriam a ser aprovados oficialmente em 18 de Outubro de 1896.

Algumas figuras responsáveis pela fundação da Associação

Caetano Francisco da Silva
João António do Carmo
António Germano Bolina
António José da Loura

As instalações cedidas provisóriamente pela C.P., foram substitúídas em 27 de Maio de 1900, por um novo quartel doado pela firma Bensaúde & Cª., situando-o nas imediações do Largo das Obras.

Devido às necessidades industriais a Associação foi obrigada a mudar de instalações, tendo como nova morada, em 17 de Novembro de 1912, o rés-do-chão do edifício dos escritórios da Via e Obras, cedido pela C.P. onde permaneceu durante 96 Anos.

Este prédio situado no cruzamento da rua Miguel Pais com o largo do Moinho Pequeno, serviu desde 1923 a 1930 de casa escola para os Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste.

Desde 21 de Novembro de 2008, a Associação muda novamente de instalações, desta feita para o interior da Quimiparque.

(Retirado da Internet do Portal da Fénix)